Em 20/01/2020
O ato iniciou pela manhã com a intervenção de vários ativistas de várias categorias e com a coleta de assinaturas entre a população contra a privatização da Casa da Moeda. Em seguida, os manifestantes se dirigiram em caravana até Copacabana, onde teve passeata e se encerrou no início da tarde.
As intervenções no ato foram muito importantes para esclarecer a população sobre o que está por trás do projeto de privatização do governo Bolsonaro/Paulo Guedes/Generais não apenas da Casa da Moeda, mas de todas as estatais federais, estaduais e municipais:
Intervenção de moedeiro no início do ato: “Se não conseguiu fazer a prova do Enem com qualidade, com certeza vai fazer cédulas falsas para nosso país. Com certeza vai fazer coisa que não presta. Passaporte vai ser falsificado! Então, gente, é coisa que a gente tem de falar, a VALID (gráfica), ela não presta nem para produzir a prova do Enem. Eu acho que nem para fazer papel higiênico ela serve”;
Intervenção de ex-moedeira: “Sou ex-funcionária da Casa da Moeda. Agora nos Correios e Telégrafos e a luta lá está ficando negra. Ganhamos agora em Brasília o nosso direito de não aumentar em 100% a nossa contribuição na questão da saúde. Então nós estamos na mesma fé, ‘Nenhum Direito a Menos’”;
Sindicalista intervindo no ato: “Também estamos fazendo essa luta no Congresso Nacional contra a privatização, numa frente parlamentar com quase 250 deputados e 20 senadores, mas além dessa luta nós temos de enfrentar essa direção que não é qualificada para estar na Casa da Moeda e por isso deve ser rejeitada. Eles não têm preparo para estar no comando da empresa, eles não têm condição para conduzir a Casa da Moeda;
Manifestação de outro sindicalista criticando a empresa: “A VALID que quer fazer cédula e passaporte, se ela não tem condições de fazer a prova do Enem ela não vai ter condições de imprimir e produzir produtos de alta segurança, de sigilo industrial. Então é bom que a nação saiba disso, que a principal concorrente da Casa da Moeda prejudicou mais de 30 mil candidatos do Enem e é por isso também que nós estamos na luta, não é só para defender emprego, não é só uma questão corporativista, é defender a soberania nacional e defender a soberania monetária nacional. Entregar a Casa da Moeda, não é para estar na mão de outro país, pode trazer um colapso para nossa nação. Estamos passando abaixo-assinado”;
Moedeiro falando dentro do ônibus indo para Copacabana: “Então essa aqui é a ‘onda azul da Casa da Moeda, é a onda azul que vai virar um tsunami’. Ônibus completamente cheio, tem famílias aqui de moedeiros com crianças. Tá todo mundo junto, moedeiro nunca esteve tão junto como está agora. É o movimento ‘onda azul’ que lá em Copacabana vai virar um tsunami”.
Na passeata em Copacabana os moedeiros cantavam: “1,2,3,4,5 mil, a Casa da Moeda é patrimônio do Brasil”. Teve até parada num dos bares à beira-mar com direito a ouvir música dedicada aos manifestantes.
A passeata encerrou com o chamado de vários moedeiros para “todos continuarem firmes na luta”.
Os manifestantes portavam faixas com os dizeres:
Se é público é de todos!
Casa da Moeda, patrimônio histórico do Brasil!
Defender a Casa da Moeda pública é defender o Brasil!
A Casa da Moeda do Brasil é uma empresa pública! E se é pública é de todos! É do povo!
Os trabalhadores da Casa da Moeda do Brasil exigem respeito!
Fonte:
Att
Diretoria de Comunicação do SNM