Queremos prestar uma singela homenagem ao grande companheiro Artur, que nos deixou neste sábado, 04 de julho de 2020.
A sua luta em prol da categoria moedeira começou na Associação dos Empregados da Casa da Moeda do Brasil, que foi criada em agosto de 1981, pelo então Presidente da CMB, Nelson de Almeida Brum. Antes disso, os empregados da CMB, em suas reuniões de lazer ou sociais, possuíam somente o Grêmio dos empregados para dialogar.
A importância da criação da Associação constituiu-se de CNPJ, um estatuto próprio e autonomia administrativa e de representação dos empregados.
Durante a década de 80, a chamada década perdida para os brasileiros, em razão dos três planos econômicos no Brasil, quando a moeda perdeu nove dígitos, com o calote da dívida externa dada pelo governo Sarney, e uma hiperinflação que levou o País há um caos social e trabalhista.
Vale ressaltar a importância do Artur junto ao Aramis, Severino, Hélio Granje, Lúcio Fraguito e outros moedeiros, que se organizaram e, a partir do movimento de Direção, que teve a frente da Associação, principalmente em 1984/85, foram os porta-vozes das reclamações trabalhistas dos moedeiros até setembro de 1988.
Até então, não existia o Sindicato Nacional dos Moedeiros, que somente foi criado em novembro de 1988, após a promulgação da Constituição Federal, tendo em vista que a Constituição anterior não permitia os trabalhadores de empresas públicas se organizassem em Sindicatos da categoria.
Naquele período, a Associação foi o canal de reivindicações e os companheiros Artur, Aramis, Severino, Hélio Granje e Lúcio Fraguito tiveram um papel decisivo na organização dos moedeiros e na criação do SNM.
A perda do Artur aviva a nossa memória e esse relato é uma forma de enaltecer uma grande liderança, que enfrentou as grandes lutas, em defesa dos trabalhadores da Casa da Moeda do Brasil, e não foi um pigmeu, mas sim um gigante na defesa da CMB e dos moedeiros.
Artur Presente!
Por: Ruy Reis Neves dos Anjos