Álvaro CamposValor Econômico23 de abril de 2020 11:24
Estão no páreo as casas da moeda da França, Holanda, Polônia e Eslováquia O Banco Central avançou com a licitação internacional que está promovendo para escolher um novo fornecedor de moedas. Segundo publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, foram pré-qualificadas no certame as casas da moeda da França (Monnaie de Paris), Holanda (Royal Dutch Mint), Polônia (Mennica Polska) e Eslováquia (Mincovna Kremnica). A casa da moeda da Finlândia (Mint of Finland) foi desclassificada.
A licitação foi aberta em fevereiro. Em 2018, a autoridade já havia lançado um certame semelhante, que chegou a ser alvo de contestação judicial por parte da Casa da Moeda, que apontava para os riscos de entregar a uma empresa estrangeira as especificações técnicas para a fabricação do dinheiro brasileiro.
O edital de pré-qualificação atual prevê o fornecimento de 326,6 milhões de moedas de R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,25, R$ 0,50 e R$ 1,00. A pré-qualificação tem validade até o fim do ano. A estimativa inicial – antes da pandemia de coronavírus – era de que as moedas fossem entregues entre outubro e dezembro.Ad
No fim do ano passado, o BC recebeu moedas fabricadas pela holandesa Royal Dutch Mint. O objetivo da licitação, iniciada em 2018, era contratar a fabricação de moedas de todos os valores, mas só houve proposta para as moedas de R$ 0,05 e R$ 0,50. Segundo o BC alegou na ocasião, isso ocorreu em função da “dificuldade para obtenção dos discos das moedas (R$ 0,10, R$ 0,25 e R$ 1,00) que têm revestimento de bronze, para entrega ainda em 2019”.
Essa não foi a primeira vez que o BC contratou uma empresa estrangeira para produzir dinheiro. Em 2017, em meio a problemas na Casa da Moeda, que incluíram até a quebra de um equipamento, foi feito um contrato emergencial com a empresa sueca Crane AB para produzir 100 milhões de notas de R$ 2,00.
No ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprimorou as regras para compra de papel moeda e moeda metálica. Segundo o BC, a norma deixou mais claro que “é necessário atentar para o equilíbrio entre todos os custos e riscos (operacionais e financeiros) associados ao processo de contratação, de um lado, e os benefícios estimados, inclusive advindos de eventual planejamento ou contratação plurianual, de outro lado”.
Segundo dados do BC, existem atualmente em circulação no Brasil 6,871 bilhões de cédulas de real. A mais comum é a de R$ 50,00, com 2,039 bilhões de unidades. O total de moedas chega a 27,238 bilhões, e a mais popular é a de R$ 0,10, com 7,191 bilhões de unidades.
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Att
Diretoria de Comunicação do SNM