A direção da petrobrás, encabeçada por Pedro Parente desde a chegada do ilegítimo Temer ao poder colocou em prática uma nova política de preços para a empresa que beneficia apenas seus acionistas, muitos deles norte-americanos, deixando o povo brasileiro de lado.
O resultado disso já conhecemos: botijões de gás a mais de 80 reais e a gasolina e o diesel seguindo o mesmo caminho de alta.
O país vive uma explosão social por esse motivo. Assista a explicação de José Maria, petroleiro e membro da Federação Única dos Petroleiros.
Sobre a greve dos caminhoneiras reproduzimos abaixo a nota da CUT.
Nota da CUT em apoio à paralisação dos caminhoneiros
A CUT apoia a paralisação nacional dos caminhoneiros, que estão realizando um movimento legítimo e justo pela redução dos preços do óleo diesel, e exige que o governo mude sua política de preços dos combustíveis que tem provocado aumentos abusivos também no gás de cozinha e na gasolina.
Para a CUT, a política de preços implantada em julho do ano passado pela gestão de Pedro Parente, que acompanha as cotações internacionais do barril de petróleo e do dólar, além do impacto provocado pela redução do processamento de petróleo nas refinarias brasileiras, com o consequente aumento das importações, tem como único objetivo beneficiar os acionistas internacionais que buscam o lucro fácil à custa do sacrifício do povo brasileiro.
O Brasil não precisa importar nada. O país extrai mais petróleo do que necessita e tem refinarias com capacidade para produzir todos os derivados consumidos no país – gás de cozinha, gasolina, diesel etc -, mas essas unidades estão operando muito abaixo da capacidade nominal, obrigando o país a importar desnecessariamente grande parte dos combustíveis. E os preços internacionais atendem apenas os altos lucros das companhias estrangeiras.
Por isso, a CUT denuncia e não aceita a retirada dos recursos já limitados do orçamento da União, que deveriam ser destinados para a saúde, educação e segurança pública, entre outras políticas públicas importantes para o povo, para ressarcir a Petrobras e subsidiar essa política de preços que beneficia apenas os acionistas e as companhias estrangeiras.
Para a CUT, é preciso uma redução geral dos preços dos combustíveis, principalmente do gás de cozinha, que obriga o povo brasileiro a pagar caro por essa política irresponsável de preços que provoca reajustes nos alimentos, vestuário, transporte e em todas as despesas cotidianas da vida.
A pauta dos caminhoneiros dialoga com a população brasileira cansada dos desmandos desse governo e também com as pautas da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), e encampadas pela CUT, que aprovaram em suas assembleias os seguintes eixos:
– redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha,
– manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis,
– fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo,
– contra as privatizações e desmonte do Sistema Petrobras,
– Redução das Tarifas de Energia Elétrica,
– Isenção de Pedágio para eixos suspensos,
– Piso Mínimo Nacional para o Frete.
Para a CUT, juntos, esses eixos apontam uma solução concreta para os problemas que os aumentos abusivos dos combustíveis e do gás de cozinha estão provocando na vida de toda a sociedade brasileira. A paralisação dos caminhoneiros chamou a atenção para um problema real, que vem sendo denunciado pela FUP e pela CNTTL desde que a direção da Petrobras mudou a política de reajuste e os preços dispararam no Brasil. A Petrobrás deve permanecer pública e Estatal.
Esse governo já causou muitos transtornos à população brasileira. Por isso, exigimos que atenda as justas reivindicações dos caminhoneiros, para que a população não sofra ainda mais com o desabastecimento em curso e possa voltar a ter acesso normalizado aos transportes, alimentos e todos recursos necessários da vida cotidiana.
São Paulo, 25 de maio de 2018
Vagner Freitas – presidente da CUT
Paulo João Estausia – presidente da CNTTL