Bolsonaro assina medida provisória que quebra monopólio da Casa da Moeda

Bolsonaro assina medida provisória que quebra monopólio da Casa da Moeda

Proposta permite que, em sistema de livre concorrência, outras empresas, inclusive estrangeiras, fabriquem papel-moeda para o país. Mudança pode baratear emissão do passaporte

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta terça-feira, uma medida provisória (MP) que quebra o monopólio da Casa da Moeda do Brasil (CMB) na fabricação de papel-moeda, de moedas metálicas, de cadernetas de passaporte e na impressão de selos postais e fiscais federais (aqueles que vão em bebidas e cigarros). Dessa forma, empresas privadas, incluindo estrangeiras, poderão concorrer diretamente com a CMB, via licitação, para prestar esses serviços ao governo.

O anúncio da proposta foi feito durante evento em comemoração dos 300 dias do governo Bolsonaro, no Palácio do Planalto, e corre em paralelo com os planos do próprio governo de privatizar a Casa da Moeda -mudança que precisa de aval do Congresso. Segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a Casa da Moeda continua no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

A ideia agora, enquanto a privatização não ocorre, é fazer uma transição gradativa de um modelo de monopólio para um modelo de livre concorrência na fabricação do dinheiro no país.

Segundo Jorge Oliveira, ministro da secretaria-geral da Presidência, o objetivo da MP, de autoria do Ministério da Economia, é reduzir os custos e tornar esse mercado mais competitivo:

– Objetivo é dar mais competitividade e reduzir custos, preservando o que é essencial para o Estados. Quando se permite que outras empresas façam o mesmo serviço de forma fiscalizada e controlada, há aumento de oferta e isso gera redução de custo – afirmou.

Ainda segundo Oliveira, a concorrência que se estabelecerá entre a Casa da Moeda e empresas privadas pode baratear a emissão do passaportes. A medida dessa redução, no entanto, só poderá ser estimada na hora da licitação, a depender do número de empresas interessadas em entrar nesse mercado.

O Palácio do Planalto informou que até 31 de dezembro de 2021, a Casa da Moeda permanece como a única habilitada prestar esses serviços e, até lá, as empresas interessadas poderão se habilitar, e concorrer com estatal. A coordenação de todo esse processo será de responsabilidade da Receita Federal.

A MP também prevê um período de adaptação para retirar da Casa Moeda a exclusividade na fabricação de selos postais e de cadernetas de passaportes, neste caso até 31 de dezembro de 2023. O objetivo, segundo o governo, é reduzir os riscos de quebra de continuidade na prestação desses serviços até que o mercado esteja aberto à concorrência.

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Att

Diretoria de Comunicação do SNM

Marcus Mattos

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