Deley levanta questão de segurança nacional e tira Casa da Moeda da lista de privatizações

Deley levanta questão de segurança nacional  e tira Casa da Moeda da lista de privatizações

O deputado federal Deley (PTB-RJ) e outros parlamentares tiveram papel decisivo para que a Casa da Moeda do Brasil (CMB) saísse em definitivo da lista de privatizações do governo federal.

Deley atuou de maneira constante, dentro e fora do Congresso Nacional, para defender uma questão apontada pelo próprio deputado como “de soberania nacional”.

“Os 15 países mais ricos do mundo, em hipótese nenhuma, fariam isso. Acho um absurdo privatizar a Casa da Moeda, que é um grande patrimônio do povo brasileiro, além de haver uma questão fundamental nesse processo, que é a segurança nacional”, disse.

A Casa da Moeda é responsável pela confecção das notas de real, dos passaportes brasileiros, além de selos postais e diplomas.

A ideia de privatização foi apresentada em agosto de 2017, junto com os planos de privatização de outros 57 ativos de controle estatal. A justificativa dada pelo governo federal à época foi a necessidade de aumentar o caixa da União.

Frente parlamentar

Deley integra a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Casa da Moeda do Brasil, que conta com a adesão de 202 deputados federais e 14 senadores.
Durante o lançamento da frente, o presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, Aluizio Junior, informou que, em 2016, o governo mudou o planejamento em relação à Casa da Moeda, e a empresa passou a ser gerida sem visar mais ao lucro.

“O papel dela passou a ser garantir a nossa soberania monetária, que o cidadão brasileiro circule pelo mundo com um passaporte confiável e de qualidade; produzir formas de o governo ter o controle da arrecadação. A Casa da Moeda se especializou em fazer isso”, explicou.

Demissões

No dia 9 de abril, a Casa da Moeda anunciou a demissão de 212 funcionários, sob a justificativa de redução de despesas na folha de pagamento. O Sindicato Nacional dos Moedeiros trava batalha na Justiça para reverter essas demissões.

Segundo a Presidência da CMB, a empresa vive uma grave situação econômico-financeira.

Entretanto, Deley afirma que isso está ocorrendo porque o governo federal não está repassando o dinheiro que deve ao órgão.

“A equipe econômica retém os recursos que pertencem à Casa da Moeda para dizer que a instituição não tem condições de produzir. É óbvio que a empresa não vai conseguir se manter, se o governo segura as verbas que ela usaria para poder investir e produzir”, protestou o parlamentar.

Att

Diretoria de Comunicação do SNM

Marcus Mattos

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