resumo do Pé da árvore, 18 de junho

O Pé da Árvore realizado neste 18 de junho, pelos diretores Roni Oliveira, Ivan Casseres e Victor Cabral, abordou os seguintes temas: promoção e progressão Salarial, lutas contra a privatização, e o posicionamento do Sindicato sobre a diminuição da contribuição sindical.

O Presidente Roni iniciou o Pé da Árvore com alguns informes. Primeiramente, agradeceu a presença do Deputado Federal Glauber Braga na reunião de diretoria do Sindicato. Lembrou, ainda, que o deputado é sempre atuante em defesa da Casa da Moeda e do trabalhador em geral.

Roni informou sobre o fim do imbróglio em relação ao acesso dos representantes sindicais à empresa. Os dirigentes sindicais já podem exercer suas funções laborais. Roni agradeceu a todos os trabalhadores que sempre apoiaram os representantes sindicais, participando do pé da grade, assembleias e movimentos, uma vitória conquistada junto à categoria moedeira.

Sobre o Pé da Árvore presencial, não será possível realizá-lo enquanto perdurar esse momento de pandemia e isolamento social, mantendo-se, portanto, virtual. Cessando essa condição, o Pé da Árvore voltará a ser realizado dentro da empresa e de forma presencial.


Progressão e Promoção Salarial

Roni relembrou que há duas semanas foi enviado um ofício à Casa da Moeda cobrando um posicionamento sobre o edital, cujo cronograma não foi cumprido pela empresa. Foi cobrada uma resposta sobre a distribuição de promoções e progressões para 2020 que não teve nem o edital divulgado. Até o momento, não houve resposta por parte da empresa, devido a essa omissão pela Casa da Moeda, o Sindicato enviará outro ofício cobrando os mesmos pedidos. Roni mencionou que o SNM tem total interesse que o assunto seja resolvido de forma administrativa, antes de buscar qualquer ação judicial

Sobre o documento direcionado aos líderes da Casa da Moeda, o presidente Roni informou que a mensagem divulgada não tem base sólida para fazer qualquer tipo de prospecção, mas o sindicato está acompanhando os desdobramentos das medidas sinalizadas no documento que talvez possam ser utilizados para progressão, promoção ou gratificação.

Luta contra a privatização

Roni prosseguiu relembrando que nos últimos dias em uma live, o presidente da república Jair Bolsonaro pediu a equipe para retirar a Casa da Moeda da lista de privatização por considerar a empresa estratégica. Esse anúncio trouxe um alívio para a categoria moedeira, mas nós como representantes sindicais precisamos ter responsabilidade e atenção necessária, pois esse assunto não acaba com a declaração do presidente.


Vale lembrar que em campanha Bolsonaro defendeu a não privatização da empresa, o que para o presidente Roni, pode ter sido um fator determinante que levou alguns moedeiros a votarem no presidente e, porém, logo após assumir o cargo, criou o Decreto 10054/2019, que autoriza a privatização da Casa da Moeda. Anteriormente tivemos esse mesmo posicionamento com o ex-presidente Michel Temer, e ainda assim a empresa permaneceu no Programa de Parceria de Projetos e Investimentos (PPI). Por isso a nossa luta contra a privatização minimamente se encerra somente quando o decreto for revogado, afirmou Roni.

Diminuição da Contribuição Sindical

Roni ressaltou que não há resistência por parte do SNM em abrir a discussão sobre a contribuição sindical, e lembrou que a contribuição passou a 1,5% por causa do decreto presidencial 10054/2019, que permanece ativo. A partir desse decreto o Sindicato contratou um escritório de advocacia para a luta jurídica contra a privatização. O SNM não tem problema em discutir esse assunto, mas tem o posicionamento claro e firme contra a redução da contribuição enquanto houver o decreto e nós como categoria não criarmos condições de termos um caixa sólido para enfrentar a privatização e lutas futuras.

Roni afirmou que a luta sempre vai existir, o que altera é a condição que teremos para lutar. Como representante e vendo o que está nos cercando, o Sindicato se posiciona de forma contrária. Terminada a condição de pandemia vamos discutir junto à categoria esse assunto. No momento o foco é a revogação do decreto. Vale lembrar que os estudos do BNDES continuam pela privatização da CMB. Temos que estar atentos quanto a isso.

O diretor Ivan mencionou que a luta contra a privatização continua e relembrou as atitudes de Bolsonaro desde 2018.

Ivan alertou aos moedeiros que, devido à nossa luta, tivemos o recuo do Bolsonaro, e que a empresa tem se mostrado essencial durante a pandemia.

A respeito da contribuição sindical, Ivan sugeriu aos moedeiros que assistissem ao documentário Indústria Americana, no qual mostra como os Sindicatos sofreram ao longo dos anos um enfraquecimento sistemático. Temos como exemplo o fim do imposto sindical e outras receitas.

O diretor Victor Hugo iniciou sua fala com a seguinte pergunta:  Por que tirar (diminuir) a contribuição sindical? – se é pelo ressentimento do resultado do Acordo Coletivo. Lembrou que, pessoalmente, foi totalmente contra o resultado do ACT e as propostas apresentadas, fazendo vídeos, planilhas e apresentações visando à rejeição do acordo.

Victor continuou dizendo que o ressentimento por parte de alguns moedeiros com o resultado da votação pode acabar enfraquecendo a luta. Mencionou, ainda, que objetivar a redução da contribuição traria uma retração na verba do Sindicato, diminuindo o poder de luta. Como categoria, deveríamos nos apropriar do SNM fazendo com que o Sindicato mova as pautas da categoria, e que não vê a desfiliação como a atitude a ser tomada. A luta não acabou e só vai acontecer se tivermos condições de fazer. O momento é de nos mantermos mobilizados na luta.

Para finalizar o assunto o presidente Roni pontuou que, desde 2017, com o fim do imposto sindical a receita do Sindicato vem caindo drasticamente. Ainda em 2017, aconteceu o Plano de Demissão Voluntária (PDV), com a saída de, aproximadamente, 300 moedeiros. No início de 2018, houve a saída de 212 funcionários demitidos de forma arbitrária pela CMB. Em 2019, outro PDV com aproximadamente 115 moedeiros. Ainda que muitos moedeiros não saibam, a contribuição assistencial feita toda vez que um Acordo Coletivo de Trabalho era fechado deixou de existir.

Hoje ao Sindicato só resta a contribuição mensal, portanto, a partir dela, faremos a nossa luta. Quando enfraquecemos a contribuição, não estamos enfraquecendo o inimigo, o governo, a direção da casa, estamos enfraquecendo a luta.

Roni finalizou lembrando que 0,5% no salário base para uma pessoa pode não ter uma grande diferença, mas a soma de todas as contribuições faz total diferença para a luta.

Diretoria de Comunicação SNM