Na última quinta-feira e na manhã dessa sexta-feira, uma histórica mobilização de trabalhadores ocorreu durante a reunião do encontro ao Pé da Árvore em defesa do Acordo Coletivo de Trabalho 2023 (ACT). Centenas de trabalhadores se reuniram em uma manifestação pacífica para expressar seu descontentamento com a rejeição da proposta do Acordo Coletivo por parte da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) e a possibilidade da retirada de direitos a partir do mês de julho.
O ACT é um instrumento de extrema importância para garantir os direitos e as condições de trabalho dos funcionários. É um pacto firmado entre o sindicato e a empresa, visando assegurar um ambiente laboral mais justo e equilibrado.
No entanto, na última semana, surgiram informações preocupantes sobre a possibilidade da não pactuação do ACT 23 proposto pela mediação do TST, sob supervisão do Ministro Aloysio Corrêa da Veiga. A SEST sinalizou com a rejeição da proposta do Ministro e alterações significativas no ACT, o que faria com que os moedeiros ao invés de receberem uma recomposição financeira, passariam a ter redução de benefícios. Os trabalhadores, temendo perdas salariais, redução de benefícios e piora nas condições de trabalho, decidiram se unir e lutar contra essa ameaça.
A mobilização, organizada pelo Sindicato Nacional dos Moedeiros, contou com a adesão de mais de 700 trabalhadores de diferentes setores e turnos de trabalho, no parque fabril de Santa Cruz. Os trabalhadores mostraram sua insatisfação com a negativa do Acordo e entoaram cânticos e gritos de ordem que solicitavam um Acordo Coletivo justo e digno.
Durante o ato, os dirigentes do SNM discursaram para a multidão, ressaltando a importância da união dos trabalhadores na defesa de seus interesses. Foi destacado que qualquer alteração no ACT deve ser discutida de forma transparente, considerando cláusulas históricas e a inviabilidade de fecharmos um acordo com perda de qualquer benefício. Além disso, foi enfatizado que é fundamental que um Governo progressista tenhamos a valorização do trabalho e o respeito aos direitos adquiridos para a construção de uma sociedade mais justa.
Após o Pé da Árvore os trabalhadores do 2º e 3º Turno se encaminharam até a sala da presidência da Casa da Moeda, e solicitaram uma reunião com os dirigentes da empresa.
O Chefe de Gabinete da Presidência, Aluizio Junior e os Diretores de Gestão e Produção, Carlos Martins e Márcio Luís dialogaram com os dirigentes sindicais e os trabalhadores durante a reunião. Essa interação permitiu que ambos os lados expusessem seus pontos de vista. A Casa da Moeda se comprometeu em buscar soluções junto a SEST que preservem os interesses dos trabalhadores, e que o Acordo proposto pelo TST não comprometeria a saúde financeira da empresa.
A mobilização dos trabalhadores em defesa do ACT reflete a importância de se preservar os direitos laborais conquistados ao longo do tempo. Ela demonstra a união da classe trabalhadora e sua determinação em lutar por melhores condições de trabalho e justiça social e que essa mobilização vai ser fundamental neste momento de disputa no Governo Federal.
Diante do cenário de incertezas, espera-se que a SEST se desprenda um pouco da burocracia da Cgpar 42, como já acontecera no último Acordo Coletivo de Trabalho quando vigorava a CCE 09, para podermos ter diálogo e avanço no Acordo Coletivo, a fim de buscar um consenso que atenda aos anseios dos trabalhadores.
A direção da Casa da Moeda se comprometeu em pedir uma revisão do posicionamento da SEST, com alguns embasamentos jurídicos para afastar a resolução n.º 42 da Cgpar.
Enquanto a negociação não avança, os trabalhadores permanecem vigilantes e dispostos a defender seus direitos, conscientes de que a união e a mobilização são fundamentais para a conquista de condições de trabalho mais dignas e justas.
Diretoria de Comunicação | Sindicato Nacional dos Moedeiros