SNM Comunica: Você decide: Contra a privatização, quais armas teremos?

SNM COMINIC@ FEV_2018

 

Todos os moedeiros e moedeiras estão convocados para a assembleia extraordinária que deliberará sobre a contribuição sindical, e, desta forma, definirá quais armas estarão disponíveis na luta para barrar a privatização da Casa da Moeda do Brasil (CMB).

O compromisso da diretoria do sindicato é de lutar até a última gota de sangue e temos certeza que a categoria também não deixará de comparecer às mobilizações, mas a efetividade das nossas ações, seus resultados e consequências estarão diretamente associados às armas das quais dispusermos.

A (contra) reforma trabalhista proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso Nacional alterou a forma de desconto da contribuição sindical com o objetivo de enfraquecer os os sindicatos, que são as instituições de representação coletiva, e com isso diminuir a resistência e a luta dos trabalhadores.

Nesse sentido a decisão que será tomada na assembleia do dia 28 de fevereiro terá como resultado ou o fortalecimento da luta dos trabalhadores moedeiros ou, pelo contrário, servirá ao objetivo do governo que é nos enfraquecer e diminuir a resistência contra a privatização da Casa da Moeda do Brasil.

 

O uso do imposto sindical pelo Sindicato dos Moedeiros

O Sindicato Nacional dos Moedeiros (SNM) tem uma das menores contribuições associativas, de apenas 1% do salário, enquanto a maioria das outras categorias contribui muitas vezes com porcentagem maior e sobre a remuneração.

Além disso, apesar de termos uma ótima taxa de filiação, cerca de 70% da categoria, novamente a comparação com as outras categorias deve levar em conta que enquanto outros sindicatos tem uma base de trabalhadores muito maior que a nossa, como, por exemplo, os Correios com 112 mil, ou a Petrobrás com 70 mil, a Caixa Econômica Federal com 90 mil e o Banco do Brasil com 106 mil, somos cerca de 2,4 mil funcionários na CMB.

Recentemente, o SNM sofreu uma perda significativa com o processo do PDV criado pela CMB, o que fez retrair a arrecadação, principalmente por conta da saída de alguns trabalhadores que estavam entre os que recebiam os salários mais altos.

Temos gastos fixos com funcionários, impostos, advogados, manutenção da sede, da piscina, etc, que consomem cerca de setenta por cento da nossa receita. São os trinta por cento restantes que dispomos para nos movimentarmos.

Todos sabem o quão dispendioso é manter uma luta como a nossa, na qual temos que nos deslocar constantemente para Brasília, imprimir materiais, alugar outdoors, pintar faixas, comprar camisetas, etc.

Por isso, no nosso caso, a verba da contribuição sindical tem sido uma importante fonte de custeio para a movimentação da categoria. Ao buscar inviabilizá-la, o governo busca diminuir
a nossa capacidade de luta.

Somos reconhecidos como uma das categorias mais aguerridas na luta em defesa das estatais e dos direitos dos trabalhadores. Mais de uma centena de moedeiros e moedeiras viajaram
para Brasília, uma ação financiada em parte com a contribuição sindical. Lá tivemos um papel destacado na Audiência Pública contra o Desmonte do Estado Brasileiro, a ponto de sermos atacados pela polícia legislativa a serviço dos que promovem a privatização.

A primeira vez que o governo falou nesta questão de privatização da CMB, eles vieram com mentiras, vieram com falácias. Falando que a casa da moeda gerava prejuízo, que existia uma
séria de deficiências, que o dinheiro estava acabando. Nós lançamos um jornal explicando essas mentiras para a sociedade, principalmente para os agentes públicos que trabalham lá.

Todas essas articulações e ações, com certeza, constituíram uma forte barreira aos intentos do governo, e levou a uma série de outros passos como a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Casa da Moeda do Brasil, que será lançada no dia 7 de Março em Brasília, e, também na semana seguinte na frente da própria Casa da Moeda.

 

Diretoria de Comunicação